quinta-feira, 15 de abril de 2010

Arrisque-se, mude!



“Quando encontrar uma estrada alternativa no seu caminho, siga por ela.” (Yogi Berra)

Já há algum tempo fico falando em mudanças. Vida aparentemente perfeita; bom emprego, boas relações, família em harmonia, sempre alegre e cercada de amigos. Mas muitas vezes, chegamos à conclusão que nosso antigo ideal de felicidade já não nos completa mais. Algo falta, como se existisse muito ainda por fazer. Uma amiga tomou coragem e foi. Dividida entre um excelente emprego, que lhe proporcionava ótimos conhecimentos, novas culturas, muitas viagens e a sensação de vazio em uma outra metade da satisfação plena. Pediu demissão e foi para NYC, em busca dos cursos que se interessava, como alimentação orgânica, aprofundamento no yoga, terapias alternativas. Em nossa última conversa, ela tinha um brilho diferente no olhar, como se realmente tivesse se encontrado.

Hoje não é raro encontrar pessoas que não estão felizes em certa parte de sua própria vida. Pode ser um descontentamento com um relacionamento afetivo que já não vai tão bem, um incômodo relacionado ao profissional ou uma infelicidade em relação à auto-imagem. Enquanto alguns preferem se manter em sua “zona de conforto” (mesmo que na verdade não se sintam confortáveis), permanecendo na mesma situação frustrante, reclamando de sua sorte, sem nada fazer, outras começam a mudança do que supostamente falta para que sejam felizes.

Insatisfação e inquietação que nos atingem em algum momento da vida (ou em vários momentos), remetem à idéia de encontrar na própria mente uma prisão, onde é suscitada a nossa aflição. A mudança de atitude não é simples, requer dores, esforço e riscos, tanto mentais quanto físicos. Além disso, o novo, a falta de parâmetros que nos sejam íntimos é perturbador, justamente pelo fato de termos de lidar com a novidade para que a mudança seja consolidada.

Quando optamos pela transformação ou pela inércia, devemos ter em mente que para cada ação corresponde uma conseqüência, e que, mesmo a falta de ação é uma ação por si só. Assim, podemos escolher ou não o que fazer, mas não podemos escolher os efeitos dessas escolhas nem tentar alterar seus resultados.

As mudanças devem sempre surgir do interior para o exterior, pois é essencial tomar atitudes para mudar coisas de que não gostamos em nossas vidas, mas a real felicidade só aparece quando promovemos uma mudança interna pautada em bases sólidas. Para que possamos evoluir, o desapego é necessário e isso demonstra maturidade em relação à vida, ao trabalho, às relações e tudo que deixaremos para trás. Devemos agir usando discernimento sabendo que não devemos esperar por uma mudança e sim agir em direção ao que queremos.

Se pretendemos ir à luta em busca do que desejamos, se pretendemos interromper o eterno ciclo de reclamações sobre algo que não vai bem em nossas vidas, devemos ter em mente que as dificuldades são inerentes a qualquer mudança e partir em busca da ação. Sensação de derrota, pensamentos ruins, querer retornar ao que é conhecido, pensar que tudo pode dar errado são comuns. Segundo Patanjali “se você pensa isso, por que não pensar no oposto? As possibilidades são as mesmas para ambas!”

A prática do Yoga nos ajuda nas mudanças que buscamos por meio da reflexão. O uso adequado de suas ferramentas semeia o campo fértil da calmaria – os alicerces sobre os quais podemos agir no mundo, desenvolvendo mais objetividade para o que desejamos em nossas vidas. Com uma mente mais serena, aprendemos a apreciar as situações cotidianas sem as amarras dos condicionamentos subjetivos. A prática é libertadora, nos deixa lúcidos e despertos, e passamos a olhar para as situações na forma como elas se apresentam. Dessa maneira podemos começar a tomar a decisão que for mais adequada para o momento presente.

“Mude. Isto tem o poder de enobrecer, curar, estimular, surpreender, abrir novas portas, trazer experiência nova e criar excitação na vida. Certamente vale o risco.” (Leo Buscaglia)

Convido-os a assistir: http://www.youtube.com/watch?v=LUuIIC-cMCo (texto de Edson Marques)

OM SHANTI SHANTI SHANTI!
Isabella

Nenhum comentário:

Postar um comentário