terça-feira, 28 de julho de 2009

Conteúdo para estudo

* 3º Mês - 11 e 12 de Julho


- Estudar sutras do 2º livro ( Texto da Prática): n° 28; 29; 30; 31; 32; 33; 34; 35 e 36 - Pág 126 à 135.
- Estudar as apostilas
- Manter a prática do Hatha Yoga (Yoga físico). Saudação ao sol diariamente, mínimo 3x ao dia.
- Estudar todos os textos e sutras dos módulos anteriores.

domingo, 12 de julho de 2009

Flor de lótus



Uma imagem para nos inspirar.

Cuidar da Paz * (Roberto Crema)

Neste tempo-espaço de aceleração de processos transformacionais, locais e globais, a violência pode ser compreendida como um sintoma de uma humanidade enferma, em grande medida, num processo evidente de declínio, sob o peso de suas próprias contradições. Testemunhamos no século XX, perplexos e horrorizados, a duas guerras mundiais, com um intervalo de apenas 21 anos entre o término da primeira e o início da segunda. Entre outros cerca de três centenas de conflitos bélicos, tão dementes quanto, embora menores.

Como se não bastasse, iniciamos o novo milênio e o novo século, na leitura de muitos pesquisadores de cenários, na fatídica data de 11 de setembro de 2001, com a gélida face do terror. Um evento, trágico e redefinidor, que entra na história da comunicação, como o que mais constelou a atenção do público mundial. E que se desdobra num imenso e ensangüentado campo de batalha, onde se busca eliminar a violência com uma violência maior. Desde então, as pessoas mais sensíveis e dotadas de um mínimo de escuta e de visão se perguntam: Onde nos perdemos? Como a educação fracassou? O que é uma pessoa educada? O que é um país realmente desenvolvido? De onde brota, enfim, tanta demência e violência?...

A violência pode ser considerada um sintoma, estridente e doloroso, de uma doença maior da humanidade: a ignorância existencial e o esquecimento do Ser. Nos últimos séculos, através do exercício de uma razão excludente e imperialista, hipertrofiamos a mente analítica, que divide e fragmenta, gerando todo tipo de fronteiras, onde transcorrem os conflitos e dilaceramentos. Já que diabolos é um termo grego que significa o que divide e dissocia, nossa crise tem uma característica diabólica. O seu oposto é o symbolos, o fator simbólico do sagrado, que religa e restaura a inteireza. Sofremos de uma anemia da inteligência simbólica, da consciência subjetiva e intersubjetiva mente sintética e conectiva, da perda da consciência de comunhão.

Eis a constatação óbvia: nós agredimos alguém quando nos sentimos, dele, desconectados. Nós excluímos o outro por nos sentirmos, dele, separados. Seja num campo de futebol ou na arena internacional, a violência é uma função das fronteiras: quanto mais nos sentimos desvinculados, mais buscamos nos defender, o ataque passando a ser justificado pela ameaça do fator estranho, daquilo que julgamos não nos dizer nenhum respeito. Neste contexto, a consciência de participação e de comunhão adquire o valor de um preceito ético imprescindível.

A violência brota de um tipo de alienação normótica, que Pierre Weil (1) denomina de fantasia da separatividade. O ego representa o diabolos por excelência, fator básico da separatividade pessoal, que se encontra na fonte mesma da violência a nível individual, social e ambiental. Portanto, o egocentrismo pode ser considerado a causa comum de todo tipo de violência. E, naturalmente, não será com a lógica do ego que resolveremos este dilema, por ela mesma criada. Assim, uma terapia para a paz solicita, inexoravelmente, o resgate da dimensão transpessoal, da consciência simbólica inerente a uma mística, que se traduz pela consciência não dual, geradora do amor e do serviço em movimento. Transcender o ego não significa negá-lo, destruí-lo ou suprimi-lo Trata-se de sujeitá-lo ao Self, abrindo-o para o oriente do Amor e do Ser. Como afirma a sabedoria hindu, o ego é o melhor empregado e o pior patrão!... A primeira tarefa, no processo da individuação, proposta por Jung (2), é desenvolver um bom ego, enraizado no solo da cidadania, curado de suas feridas, pacificado em seus conflitos, apaziguado em seus temores.

Só podemos transcender o que foi reconhecido, aceito, desenvolvido e integrado. Só superamos o que já foi conquistado. O diabólico necessita ser orientado pelo simbólico; o bisturi retalhador precisa ser conduzido pela visão totalizadora e norteadora, capaz de ver a gestalt, a totalidade. Como afirma o sábio axioma holístico, Pensar globalmente, agir localmente. Para deixar de agir loucamente, convenhamos. De outra forma, seguiremos tudo rasgando e dilacerando, cega e violentamente, a exemplo das aplicações irresponsáveis da tecnociência, que tão bem conhecemos e sofremos. O todo descansa na parte e a parte só tem um sentido pelo todo. O um da unidade e o dois da dualidade são transcendidos no três, da Aliança: unidade diferenciada ou diferenciação unificada. Esta boa parceria da análise e da síntese, do diabólico e do simbólico nos conduz a uma inteligência da Trindade, arejada pelas energias do Amor, este mistério que nos vincula, realçando a alteridade de nossos semblantes. Ninguém é uma ilha, ninguém é completo em si mesmo. Cada ser humano é um pedaço do continente, afirma o famoso poema de John Donne. Mais sábia e inclusivamente, observa Anne Lindbergh (3), que todos nós somos ilhas, unidas pelo mesmo oceano...

Necessitamos superar a polaridade pessoal versus transpessoal. Maslow (4) se referiu a quatro forças em psicologia e terapia: as duas primeiras, que surgiram praticamente ao mesmo tempo, são o behaviorismo, centrado no determinismo reflexológico e a psicanálise, centrada no determinismo psíquico. A terceira força é o movimento humanístico, centrado no potencial humano de saúde, na sua tendência para o desenvolvimento e autoregulação. Para este autor, esta seria uma força de transição para uma quarta força, transumana, centrada no cosmo e nos ampliados estados de consciência: o movimento transpessoal.

Compreendo que a quarta força foi um movimento compensatório, de resgate do fator transpessoal, após um século de uma psicologia exclusivamente a serviço do pessoal. Representa, também, uma dinâmica de transição para uma quinta força, centrada na inteireza, que integra a dimensão pessoal à transpessoal, o diabólico ao simbólico, as raízes às asas, a análise à síntese: o movimento transdisciplinar holístico (5). A abertura para o supra-humano pressupõe um bom enraizamento no infra-humano, no coração do fenômeno humano. Esta ponte que liga a terra ao céu, porta-voz de todos os reinos da Totalidade, o sacerdote cósmico, vislumbrado por Chardin, que facilita que o próprio Universo se mire, se conheça, se integre, se rejubile.

Segundo André Chouraqui (6), a palavra hebraica para a paz, shalom, é próxima de shalem, que significa inteiro. O que indica que a paz é uma emanação natural de uma inteireza lograda. A paz não é a ausência da guerra, mas a plenitude da existência humana, na fecundidade de todo o ser e na contemplação de IHVH, afirma Chouraqui. A tarefa imprescindível é resgatar a inteireza e a grandeza da alma. Tudo vale a pena, se a alma não é pequena, afirma o poeta Pessoa. Mahatma significa, em sânscrito, grande alma. Este foi o marcante testemunho do ícone de humanidade, que conhecemos como Mahatma Gandhi, que venceu o bom combate pela paz, utilizando apenas duas armas brancas: ahinsa e satyagraha, ou seja, não violência e veracidade. É importante destacar que, para Gandhi, existia dois tipos de violência: a ativa e a passiva. Sendo que a última, que se traduz pela inércia e conformismo, é a mais destrutiva. O que ele indicava quando afirmava preferir um violento ativo a um covarde!

Neste sentido, importa refletir sobre o que, com Leloup e Weil (7), denominamos de normose, a patologia da normalidade. Caracterizada pela adaptação a um sistema dominantemente desequilibrado, mórbido e pela estagnação evolutiva, um aspecto terrível da normose se traduz pela violência passiva: nada fazer, diante dos descaminhos da humanidade. Cruzar os braços, indolentemente, diante de escândalos absurdos como o da exclusão, injustiça, corrupção e destruição dos ecossistemas planetários. Neste contexto, a pessoa saudável é a desajustada, dotada da capacidade de se inquietar, de se indignar, de se desesperar sobriamente...

Uma terapia para a paz, portanto, solicita uma dimensão iniciática, como a proposta por Graf-Durckheim (8), que possibilite um abrir passagem para as trilhas interiores que, do ego, possam nos conduzir ao Self, do conhecido ao desconhecido, do finito ao Infinito, para que o dom da Essência se manifeste na existência, aberta a transcendência. Nesta perspectiva evolutiva, o humano é considerado um projeto inacabado, um germe de plenitude clamando por investimentos, para que floresça plenamente, através do processo da individuação. Pelo cultivo de uma ecologia do Ser, a paz poderá ser conquistada e irradiada para a ecologia social e ambiental.

O Colégio Internacional dos Terapeutas – Cit, fundado em 1992, por Jean- Yves Leloup (9, 10), constitui um solo fecundo para o desenvolvimento desta quinta força em terapia, que constela as virtudes conjugadas do rigor e da abertura, aliando o plano pessoal ao transpessoal, a existência com a essência, as raízes com as asas, a profundidade com a altitude. Foi pesquisando a origem da palavra terapeuta, que Leloup deparou-se com uma tradição hebraica, elogiada pelo grande hermeneuta, Philon de Alexandria (11), denominada de Terapeutas. Há dois milênios, quando da passagem do judaísmo para o cristianismo, é inspirador constatar e resgatar o legado holístico destes sacerdotes do deserto, que exerciam também a função do filósofo, do psicólogo, do médico e do educador, praticando uma protoabordagem transdisciplinar, uma ética de respeito à inteireza do composto humano e uma práxis centrada no cuidar da totalidade do Ser.

Alexandria, cujo nome evoca o grande conquistador que forneceu um impulso primordial ao que conhecemos, atualmente, como processo de globalização ou mundialização, foi um espaço privilegiado de encontro das culturas, ciências e tradições do Ocidente e do Oriente. Não estaremos vivendo, neste momento intensificado de transformação, o que podemos metaforizar como uma Nova Alexandria? Onde podemos entrar em contato instantâneo, através desta torre de Babel virtual que é a Internet, com todas as linguagens, bibliotecas e formas de saber e de fazer? É no marco significativo desta transição de milênio e de emergência de um novo paradigma, que está se articulando o que Leloup (12) denomina de estilo alexandrino em terapia.

No estilo alexandrino, a tarefa básica do terapeuta é a de cuidar, para que a Grande Vida possa curar. Cuidar, sobretudo, da saúde e da plenitude, já que é a partir do que está bem e fluindo em nós que uma dinâmica curativa e evolutiva é impulsionada, de forma expansiva e integrativa.

Para cuidar, precisamos escutar. A escuta é o mais essencial medicamento. É uma grande arte, pois só realmente escuta quem é capaz de silêncio interior. De outra forma, os diálogos internos serão projetados, contaminando e adulterando o que se supõe escutar. A escuta não projetiva é um bem precioso e raro, dos que cultivam a mente meditativa e contemplativa, nas trilhas do despertar para o Instante, a pátria da Presença.

Escutar é ouvir e, também, interpretar. Aqui nos deparamos com a ciência e arte da hermenêutica, que possibilita o desvelar de um sentido, muito além de meras explicações. O exercício de uma interpretação aberta e vasta ultrapassa o campo analítico, rumo ao universo sintético, dos significados íntimos, das sincronicidades, dos mergulhos nos abismos anímicos e noéticos. Sem negligenciar a sabedoria dos velhos rabinos, afirmando que cada frase bíblica é suscetível de setenta e duas interpretações! Assim, nos prevenindo contra os malefícios de um certo analfabetismo simbólico, quando o conotativo se degenera em denotativo, com as armadilhas nefastas e mutiladoras dos fanatismos e fundamentalismos decorrentes. Enfim, dos catecismos redutores e estupidificantes, sejam eles religiosos, ideológicos, psicológicos, psiquiátricos, pedagógicos... Eis uma virtude preventiva com relação ao absurdo da maioria das
guerras contemporâneas!

Para cuidar, necessitamos também de uma ética da bênção. Abençoar é bem dizer; expressar uma boa palavra, jamais reduzindo o outro a um rótulo, a um mero objeto de análise. A pessoa não é doente; ela está doente. A doença é um momento de uma passagem, de um processo, de um devir. Ser Terapeuta é restituir o outro na condição de Sujeito da sua existência, de suas dores e louvores. Já que a informação tem uma função estruturante, o diagnóstico, aplicado de forma tecnicista e descuidada, pode ser um ato normótico, fonte de iatrogenia. É uma violência que pode modelar a própria doença proclamada, antes incipiente ou inexistente.

Abençoar é, também, bem olhar. Olhar para o outro na sua dignidade e integridade essencial, na sua nobreza de filho unigênito da Vida, dotado da originalidade de um semblante. Também o olhar é estruturante, para quem olha e para quem é olhado. Quando olhamos apenas para o pequeno e o disfuncional no outro, será isto que estaremos estruturando, nele e em nós mesmos. Já que nos tornamos naquilo para o qual olhamos. Enfim, encontramos o que buscamos. O estilo alexandrino, sem deixar de acolher e de cuidar dos sintomas, privilegia e busca no outro o que ele tem de maior: o dom do Ser e a luz interior, muitas vezes esquecida e, mesmo, reprimida. A porta na qual se bate é a que abrirá, no tempo justo...

Como indica o mitologema de Caim e Abel, uma pessoa que se sente abençoada é pacífica e caminha docemente sobre a Terra. Já o outro que não se sente aceito nem abençoado, que calcula e inveja, é uma fonte de violência e de sofrimento. Caim é o arquétipo do ser que se sente renegado e excluído, no interior de nós mesmos. Apenas uma terapia da bênção pode facilitar que ele se converta, retornando ao eixo de seu centro, o Paraíso Perdido do Amor. O que é verdade, também, com relação a todos os tiranos que contaminam a humanidade com o vírus do ódio, da iniqüidade e da ignorância existencial.

Assim como a paz não é ausência de combate, saúde não é ausência de sintoma. Como bem define a Organização Mundial de Saúde, é a presença de um estado de bem-estar psicossomático, social, ambiental e espiritual.

Transcendemos, assim, a noção estreita e normótica de que saúde é uma área de dedicação apenas para médicos, psiquiatras, psicólogos, fisioterapeutas, enfermeiros... No Cit, consideramos três categorias de terapeutas, cujas ações são convergentes e complementares: a clínica, a social e a ambiental. Além da terapia dos indivíduos, carecemos de uma terapia de cunho social, que seja exercitada nas organizações, escolas, igrejas e demais instituições, públicas e privadas. Igualmente, urge cuidar da Natureza flagelada, pela insanidade compulsiva do consumismo e de um desenvolvimento não-sustentável. Como convoca a própria OMS, todos precisamos nos tornar agentes de saúde, pois o planeta inteiro está enfermo! O perverso sintoma da violência apenas poderá ser tratado e superado através de um mutirão de empenho terapêutico, envolvendo todas as competências e ofícios, na tarefa de cuidar da paz.

Cuidar da paz, portanto, é investir em nosso potencial de inteireza, de integralidade, de conectividade e de comunhão. É conquistar um centro, que nos direcione para bem viver e conviver, para transparecer. Estar em paz é estar centrado. Sem um centro, estaremos deslocados em nossas próprias casas. Com um centro, em lugar algum seremos estrangeiros...

Cuidar da paz é saber sorrir, é sorrir saber. A misteriosa metafísica do sorriso expressa uma bioenergética essencial. É uma transfiguração do semblante, que irradia raios do sol interior, do Self, perene beatitude e consciência pura, chama serena que a tudo ilumina e aquece. O sorriso vem do além, como um sonho premonitório, anúncio delicado de uma Eternidade a nos aguardar em alguma curva definitiva do caminho. É um Evangelho da Graça, desmascarando e anunciando o Amor que prevalece, subjacente a tudo e a todos, este Absoluto, morte da morte, que sempre dirá a derradeira palavra. Na medida e qualidade na qual sorrimos é que nos fazemos portadores e artesões da paz.

Cuidar da paz é, enfim, ser capaz de dom, de doação, de serviço: viço do Ser. Canta o poeta Tagore (13): Amigo meu... Meu coração se angustia com o peso dos tesouros que não entreguei a Ti. O que nos pesa é o que não entregamos, o que não ofertamos, o que não servimos. O que nos tira a paz é o que retemos, o que estagnamos em nós, o peso de nossos apegos. Nosso corpo de leveza e de plenitude é construído a partir de tudo o que somos capazes de doar, de forma gratuita e incondicional. É na alegria desta conquista, que afirmaremos, a moda de oração, no mais ensolarado e abençoado dia de nossas existências, estas palavras de triunfo da Vida: Confesso que servi.

Não basta existir, há que viver. Não basta viver, há que ser. Não basta ser, há que transparecer. Não basta transparecer, há que servir. E só então, partir. Saciado de dias e de noites, de luzes e de sombras, de amores, tremores e louvores. Em paz, como um avô sorridente, descascando uma laranja para o seu netinho. Confiante, como uma criança inocente se jogando nos braços de sua mãe. É longa e paradoxal a caminhada de retorno à Morada da Essência, de onde jamais partimos...

*Este texto é um capítulo do livro, A Paz como Caminho, do Festival Mundial da Paz – Manifeste sua Paz (Florianópolis, de 1 a 6 de setembro/06), organizado pela Dulce Magalhães (Qualitymark editora)

Eder

Texto 7 - módulo 3

Técnica: Ásana


“ÁSANA é uma postura firme e confortável”.
Yoga Sutra de Pathanjali, Cap. 2
Sutra 46


“Embora Hatha Yoga seja praticado há vários milênios, nunca se torna ultrapassado. Suas verdades são sempre atuais. São como o ouro. Embora outras coisas percam seu valor conforme a época, o ouro é sempre o mesmo”.
Swami Satchidananda


O ásana é a cultura física do Yoga.
Shiva, o supremo iogue, ensina que há tantos ásanas quanto o número de animais na face da terra. O principal objetivo dos ásanas é fazer o praticante conquistar uma postura meditativa, ou seja, um ásana de meditação, firme e confortável por um longo tempo.
Apesar da grande quantidade de ásanas, há um grupo de ásanas básicos, os quais devemos praticar com regularidade e disciplina. O efeito mais importante advindo dessa prática é o de purificação de todos os órgãos e nervos, a eliminação de todas as toxinas.

Características:

- exercícios inspirados na sábia mãe natureza;
- exercícios psicofísicos, integração mente e corpo;
- enviar comandos mentais positivos e saudáveis para o corpo;
- exercícios de maior permanência e menor repetição.

Efeitos:

- limpeza, purificação de todo o sistema;
- flexibilidade e resistência;
- vitalidade;
- melhora a concentração;
- limpeza dos chakras e nadis;
- regulariza o funcionamento de todas as glândulas;
- tonifica e purifica todos os nervos;
- o praticante adquire vigor, bem-estar e brilho;
- favorece o estado meditativo.

Tempo de permanência:

Em geral, a permanência mínima ideal num ásana é de 10 segundos e a permanência máxima é de 1 minuto. Porém, ambos os ásanas invertidos (Sarvangásana e Sirshásana) podem ser mantidos por muito mais tempo.

Respiração nos ásanas:

A respiração deve ser harmoniosa, profunda e perfeitamente integrada com os movimentos.
Regras de respiração:

- movimento para cima, inspirando (há algumas exceções);
- movimento para baixo, expirando (há algumas exceções);
- permanência nos ásanas realizados com Puraka (inspiração): deve-se manter os pulmões cheios (Kumbhaka) o tempo que isso for confortável para o iogue e, em seguida, pode-se respirar durante a permanência;
- permanência nos ásanas realizados com Rechaka (expiração): deve-se manter os pulmões vazios (Suniaka) o tempo que isto for confortável para o iogue e, em seguida, pode-se respirar durante a permanência;
- pode-se respirar normalmente num ásana, porém, o ideal é praticar a respiração completa (profunda e harmoniosa), desde que o iogue tenha estrutura para isso.

Para uma prática bem equilibrada de ásanas:

A melhor maneira para iniciar uma prática é com 3 ou mais séries de Surya Namaskaram. O mesmo prepara (tonifica e lubrifica) o corpo para os outros ásanas.

- Flexões para trás.
- Flexões para frente.
- Flexões laterais.
- Posições de equilíbrio.
- Torção da coluna vertebral.
- Invertida.
- Compensação da invertida.

E também:

- Ásanas em pé.
- Ásanas sentados (as).
- Ásanas deitados (as).

Pode-se ainda acrescentar alguns ásanas musculares.

Boas atitudes numa prática de ásanas:

- Boa vontade.
- Regularidade, disciplina.
- Muita consciência (o que evita movimentos bruscos, exagero, agressividade).
- Determinação.
- Lembrar que o corpo é uma extensão da mente.
- Não visar apenas o corpo. Lembrar que você está praticando exercícios que vão ajudá-lo no conhecimento do Eu real, do mestre interno, do tesouro espiritual que brilha no seu íntimo.
- Bom senso. Não dar mais e nem menos do que você tem condições.
- Atitude mental positiva.
- E, o que é fundamental: praticar com AMOR.
OM SHANTI!


Ásanas: Bloco 1


1) Bhujangásana (postura da cobra)
2) Arddha Salabásana (meia postura do gafanhoto)
3) Salabásana (postura do gafanhoto)
4) Dhanurásana (postura do arco)
5) Jánusirshásana (postura da cabeça no joelho)
6) Paschimothánásana (postura do alongamento posterior ou postura de curvar-se para frente, sentado).
7) Halásana (Postura do arado).
8) Sarvángásana (postura de todos os membros ou postura de invertida sobre os ombros)
9) Padma Sarvángásana (postura de lótus sobre os ombros)
10) Matsyásana (postura do peixe)
11) Pavanamuktásana (postura de liberar os gases)
12) Mayurásana (postura do pavão)
13) Padma Mayurásana (postura do pavão em lótus)
14) Arddha Matsyendrásana (postura de torção da coluna)
15) Trikonásana (postura do triângulo)
16) Padahasthásana (postura das mãos nos pés)
17) Arddha Chandrásana (postura da lua crescente)
18) Sirshásana (postura sobre a cabeça)
19) Oordhwa Padmásana (postura de lótus sobre a cabeça)
20) Uddhiyána Bandha (postura de elevação do abdômen)
21) Nauli Kriya (isolamento e rolamento do reto abdominal)
22) Yoga Mudra (selo yogic)
23) Savásana (postura do cadáver)
24) Seegra Savásana (postura rápida do cadáver)
25) Sayana Buddhásana (postura do Buda reclinado)

1 - BHUJANGÁSANA



BENEFÍCIOS FÍSICOS:

- Exercita, massageia, tonifica e confere saúde para os músculos das costas.
- Alonga o tórax, expandindo a caixa torácica, o que ajuda a aliviar a asma.
- Torna a espinha mais elástica.
- Exercita e tonifica os nervos cranianos.
- Corrige leves deslocamentos da coluna.
- Ajuda a eliminar dores nas costas causadas por excesso de trabalho, prisão de ventre e gases.
- Promove suave pressão sobre o abdômen, proporcionando uma benéfica massagem em todos os órgãos internos.
- Tonifica os ovários e o útero.
- Ajuda a reduzir muitos problemas menstruais e desarranjos do útero e dos ovários.

BENEFÍCIOS MENTAIS:

- Exige uma considerável concentração, o que ajuda a melhorar esta faculdade.

BENEFÍCIOS ENERGÉTICOS:

- Estimula o fluxo prânico dos meridianos dos pulmões, estômago, rins, bexiga e baço.
- Ajuda a despertar a Kundalini.
- Produz calor corporal.

PRECAUÇÕES E OBSERVAÇÕES:

- Não levante o tronco repentinamente.
- Tente elevar bem o tórax com a ajuda dos músculos das costas e então ajude com os braços.
- Mantenha os ombros alinhados horizontalmente.
- Levante a cabeça bem para trás.

Há neste ásana uma tendência a abrir a boca. Evite isto.

TEMPO:

- Repita de três a seis vezes.
- Mantenha o ásana por dez segundos cada vez.
- Gradualmente, vá diminuindo as repetições.
- E, por fim, pratique-o uma só vez, com a permanência máxima de um minuto.

2 - ARDDHA SALABÁSANA






BENEFÍCIOS FÍSICOS:

- Exercita as costas, a região pélvica e o abdômen.
- Tonifica o sistema nervoso simpático.
- Ajuda a acelerar a atividade no fígado “preguiçoso”.
- É bom para dores na área lombar.
- Aumenta o fluxo sanguíneo da coluna vertebral.
- Aumenta a pressão abdominal, regula a função intestinal e fortalece as paredes abdominais.
- Expande o peito, beneficiando as pessoas que sofrem de asma e outros problemas respiratórios.

BENEFÍCIOS MENTAIS:

- Estimula a concentração e a perseverança.

BENEFÍCIOS ENERGÉTICOS:

- Estimula os meridianos dos pulmões, estômago, baço, coração, fígado, intestino delgado, pericárdio e vesícula.
- Aumenta o “fogo digestivo”.
- Produz calor corporal.

PRECAUÇÕES E OBSERVAÇÕES:

- Mantenha o ásana enquanto for confortável manter os pulmões cheios.
- Após certo tempo de prática, esta posição poderá ser mantida com respiração normal.
- Antes de repeti-la, dê uma pausa até a respiração se acalmar.

TEMPO:

- Repita de três a seis vezes.
- Mantenha o ásana por dez segundos cada vez.
- Gradualmente, vá diminuindo as repetições.
- E, por fim, pratique-o uma só vez, com permanência máxima de 1 minuto.

3- DHANURÁSANA




BENEFÍCIOS FÍSICOS:

Todos os benefícios do Bhujangásana e do Salabásana somados e mais:

- Reduz as gorduras abdominais.
- Fortalece os músculos abdominais.
- Aumenta os movimentos peristálticos dos intestinos.
- Tonifica o pâncreas e, deste modo, auxilia na cura da diabete.
- É ótimo para as mulheres.

BENEFÍCIOS MENTAIS:

- Fortalece a concentração e a determinação mental.
- É bom para o equilíbrio e harmonia interior.

BENEFÍCIOS ENERGÉTICOS:

- Estimulante energético, erradicando a preguiça.
- Estimula os meridianos dos pulmões, intestino delgado, estômago, fígado e bexiga.

PRECAUÇÕES E OBSERVAÇÕES:

- Não dobre os cotovelos.
- Mantenha os braços bem esticados.
- Devem evitar este ásana: os que têm pressão alta, hérnia ou úlcera no estômago ou intestino.

TEMPO:

- Repita de três a seis vezes.
- Mantenha o ásana por dez segundos cada vez.
- Gradualmente, vá diminuindo as repetições.
- E, por fim, pratique-o uma só vez, com permanência máxima de 1 minuto.


4 - JÁNUSIRSHÁSANA



BENEFÍCIOS:

- Ajuda no controle da energia sexual. Para os interessados no celibato é, portanto, uma boa ferramenta.
- Melhora a evacuação.
- Proporciona um benéfico alongamento na área lombar.

OBSERVAÇÕES:

- O ideal é fazer a pressão do calcanhar contra o ânus.
- Procure “laçar” o dedão com as duas mãos.
- Se o praticante não puder levar o calcanhar no ânus, poderá colocá-lo na coxa.

TEMPO:

- Repita de três a seis vezes.
- Mantenha o ásana por dez segundos cada vez.
- Gradualmente, vá diminuindo as repetições.
- E, por fim, pratique-o uma só vez, com permanência máxima de 1 minuto.

Texto 6 - módulo 3

O QUE É YOGA INTEGRAL?

Yoga integral é uma combinação de métodos específicos para desenvolver cada aspecto do indivíduo: físico, emocional, intelectual e espiritual. É um sistema específico que integra os vários ramos do Yoga a fim de realizar um desenvolvimento completo e harmônico do indivíduo.

Todo ser humano almeja a felicidade verdadeira e duradoura. O caminho ou meio através dos quais ele tenta encontrá-la varia de acordo com o nível de desenvolvimento do indivíduo. Ele pode esforçar-se para obter felicidade satisfazendo os aspectos físico, emocional e intelectual da personalidade. A experiência pode ensinar-lhe aquilo que sábios e santos vêm proclamando através dos tempos, que a felicidade verdadeira e duradoura não pode ser baseada naquilo que é impermanente em sua natureza. Felicidade verdadeira e duradoura só pode ser alcançada através do conhecimento do permanente ou Divino que é o Habitante de todos os seres e a fonte de toda vida. A Ele foram dados nomes tais como Self, Natureza, Deus, Brahman, Consciência Cósmica, Infinitude, a Coisa em Si Mesma, Nirvana e outros.

Como Ele é infinito, Ele só pode ser experienciado quando o indivíduo sobe acima de sua personalidade limitada.

O corpo, emoções e intelecto devem ser desenvolvidos até um nível no qual eles funcionem saudavelmente e em perfeita harmonia um com o outro. Só assim alguém pode viver uma vida feliz e usá-los como ferramentas para transcender limitações e experimentar o Divino.

ALGUNS DOS RAMOS PRINCIPAIS DO YOGA

HATHA YOGA: Posturas do corpo (ásanas), relaxamento profundo, controle da respiração (pránáyáma), processos de limpeza (kriyas) e concentração mental criam um corpo flexível e relaxado; vitalidade aumentada; saúde radiante; e ajuda a curar doenças físicas. Através de dieta apropriada, o corpo físico experiência uma limpeza através da qual impurezas e toxinas são eliminadas e ao mesmo tempo vitaminas e minerais são prontamente assimilados e utilizados pelo sistema. À medida que o corpo e a mente se tornam purificados e o praticante ganha controle sobre sua mente, ele finalmente atinge o objetivo do Yoga, Realização Pessoal.

KARMA YOGA: O caminho da ação através do serviço abnegado. Ao exercer o dever sem apego pelos resultados da ação, o Karma Iogue purifica sua mente. Quando a mente e o coração estão purificados, o Karma Iogue se torna um instrumento através do qual o Projeto ou Trabalho Divino é realizado. Assim ele transcende sua individualidade e experiencia a Consciência Divina.

BHAKTI YOGA: Este é o caminho do amor e devoção a Deus, uma Encarnação Divina ou o professor espiritual. Pelo amor constante, meditação e serviço do Divino, o indivíduo transcende sua personalidade limitada e obtém a Consciência Cósmica. O caminho de Bhakti ou devoção pode ser praticado por todos. Tudo que é necessário é fé e constante lembrança amorosa de Deus.

RAJA YOGA: Este é o caminho da meditação e controle da mente. É baseado em perfeição ética e moral e controle dos sentidos o que leva à concentração e meditação através da qual a mente pode se roubada de seus pensamentos. Assim todas as limitações são transcendidas e o estado de Samadhi ou Superconsciência é experienciado.

JAPA YOGA: Japa Yoga é parte do Raja Yoga. Japa significa repetição de um mantra. Um mantra é uma estrutura de som de uma ou mais sílabas que representa um aspecto particular da vibração Divina. Repetição mental concentrada do mantra produz vibrações dentro de todo o sistema do indivíduo que estão sintonizadas com a Vibração Divina.

JNANA YOGA: Este é o caminho da sabedoria. Ele consiste de auto-análise e atenção. O Jnana Iogue adquire conhecimento do Self deixando de se identificar com o corpo, mente e ego. Ele se identifica totalmente com o Divino dentro de si e de tudo e percebe a unificação.

Yoga Integral é a síntese de todos os Yogas. O objetivo é um corpo perfeitamente saudável e forte. Mente com toda clareza, calma e controle. Intelecto afiado como uma lâmina, desejo de aço, coração cheio de amor e gratidão, uma vida dedicada ao bem estar comum e à Realização do Self Verdadeiro.

Neste livro, Hatha Yoga será revista. Existem muitos, muitos livros sobre este assunto nas prateleiras e em bibliotecas pelo mundo afora. Por isso, eu hesito em acrescentar mais um livro ao mercado e talvez até transbordar o rio de material existente. Foi apenas através da necessidade de meus alunos, que insistiram em ver minha maneira de ensinar também impressa, que este livro foi compilado. Eu espero sinceramente que ele não vá extenuar a categoria de informação de Hatha, mas ao invés disso seja útil de uma maneira única, permitindo ao praticante se beneficiar de minhas práticas pessoais e do conhecimento adquirido através do ensino de Hatha pelo mundo todo nos últimos vinte e cinco anos.

Este livro contém pouco material teórico, mas foi organizado como um diretório de Hatha Yoga – incluindo detalhes técnicos precisos e simplificados além de fotos com cada pose.

Eu agora expresso minha gratidão sincera e agradecimentos aos estudantes que me ajudaram a preparar este volume, particularmente às minhas crianças espirituais Sister Yoga do Ceylão e Gita das Américas.

Swami Satchidananda
Nova Iorque, Janeiro de 1970


Um corpo de saúde e força perfeitas, mente com toda clareza e calma, intelecto tão afiado como uma lâmina, desejo tão maleável quanto uma espada, coração cheio de amor e compaixão, vida cheia de dedicação e Realização do Self Verdadeiro é o objetivo do Yoga Integral.
Obter isto através de ásanas, pránáyámás, cântigos de Nomes Sagrados, autodisciplina, ação abnegada, Mantra Japa, Meditação, estudo e reflexão.

Om Shanti, Shanti, Shanti
Sempre seu no Yoga,
Swami Satchidananda

Texto 5 - módulo 3

Conheça o Conhecedor
Seu verdadeiro Eu

O propósito de todas as práticas espirituais consiste em conhecer nosso próprio “eu”. A Bíblia diz: “Ama a teu próximo como a ti mesmo”. Mas se você não conhece seu próprio eu, como poderá amar o “eu” do próximo? Conheça primeiro seu próprio “eu” e logo verá o seu “eu” no outro. Somente assim poderá amá-lo como a si mesmo.

Alguém lhe diz: ame todas as frutas da mesma forma como você ama a maçã. E ainda: veja a maçã em todas as outras frutas. Mas se você não sabe o que é uma maçã, não poderá ver as outras frutas como uma maçã. Da mesma maneira, para amar a todos ou a tudo como o Espírito Uno, você deve realizar sua própria verdade espiritual; devemos realizar DEUS em nós mesmos.

Você já se olhou no espelho? Viu o seu rosto? Suponha que eu quebrasse o espelho; você poderia se ver? Não; mas, por um acaso, perdeu o seu rosto? Não. O que você vê no espelho é somente a “imagem”, não é o original, porque é o rosto quem está se vendo no espelho. O rosto é o sujeito. O sujeito nunca pode se converter em objeto. O sujeito só vê uma imagem de si mesmo como o objeto, mas nunca vê a si mesmo.

Se o espelho está distorcido ou deformado, a imagem que o reflete também estará. Mas por causa disso você correria a um médico e diria: “Doutor, o que está acontecendo com o meu rosto?” O médico lhe diria: “Nada se sucede. Você está bonito (ou bonita).” “Mas eu vi uma imagem horrível...” poderia você contestar-lhe.

Então o médico lhe colocaria diante de outro espelho nítido, sem distorções, em perfeito estado e você diria: “Meu Deus, eu vi uma imagem horrível em meu espelho, mas agora está bonita!”.

Mas, claro, você não faria isso, compreenderia que o problema está no espelho e não em seu rosto. Consertando-se o espelho ou trocando-o por outro, você poderia ver a imagem de seu rosto, sem distorções. Se você busca a sua natureza verdadeira em um espelho distorcido, este refletirá um rosto distorcido. Qual é o espelho, em nosso caso? É a nossa mente. Para vermos nosso verdadeiro eu, temos de ter uma mente limpa, clara e calma.

Algumas pessoas conservam limpo o espelho e compreendem que são “bonitas”. Outras não o limpam bem. Outras o quebram e outras se miram em espelhos deformados.

Não somos diferentes uns dos outros, no que diz respeito ao conhecimento transcendental. É o que chamamos de “espírito” ou “verdadeiro eu”. Quando dizemos “alma”, em geral nos referimos ao reflexo do “eu” sobre a matéria da mente. A alma é a chispa de divindade e a imagem de DEUS, enquanto que o si mesmo “é” Deus. Quando a sua mente está calma, serena, compreende que a alma e Deus são um só, sem distorções, sem nenhum pigmento.

Portanto, o corpo humano também deveria ter serenidade, quer dizer, o estado relaxado ou puro. Um corpo muito saudável e relaxado, com uma mente calma, quieta, permitirá que a luz verdadeira ou a natureza verdadeira do seu interior se expresse sem nenhuma deformação. É algo como uma luz com duas sombras: a da mente e a do corpo. Se forem limpos como o cristal, a luz brilha sem distorções. Em conseqüência, é necessário que estas duas sombras, o corpo e a mente, estejam tão limpos quanto seja possível.

Primeiramente você deve se preocupar com a mente já que o corpo é apenas um instrumento dela. O corpo se expressa de acordo com os desejos das impressões da mente. Em geral, nos identificamos com mente e corpo. Por isso nos damos nomes diferentes e, assim, nos distinguimos uns dos outros. Desejamos definir a nós mesmos: “sou sul americano; sou branco; sou negro; sou rico; sou pobre”. Estas são nossas definições, mas, em espírito, somos iguais. As variações e definições acontecem somente quando nos identificamos com o corpo e a mente.

Por natureza somos tranqüilos, pacíficos. Sem dúvida, por causa de nossa negligência ou do nosso esforço para satisfazer os desejos egoístas ou os sentidos, perturbamos esta tranqüilidade e paz. E quando perturbamos a tranqüilidade, nos sentimos intranquilos. Somos bons originalmente, mas perdemos esta perfeição ao nos definirmos. Desafortunadamente, no momento em que nos definimos – ou limitamos o eu – deixamos de ser bons.

Todas as escrituras, todos os sábios, santos e profetas nos dizem para que deixemos de nos definir. Este é o procedimento para nos elevarmos. Esta é a essência de todo o Yoga e de todas as escrituras. Leia a Bíblia, o Alcorão, o Torá, os Upanishads, o Bhagavad Gita. Purifique-se abandonando estas definições, não se deixe enganar. Estas definições nos dividem. Se você diz: “sou homem” ou “sou mulher”, se identifica com o corpo. Se diz: “sou advogado” ou “sou inteligente”, se identifica com a mente. Cada definição distingue um homem de outro homem, uma mulher de outra mulher, um ser de outro ser.

Por acaso estou dizendo que as pessoas purificadas não têm definições? Suponhamos que perdêssemos todas as definições e que todos fôssemos iguais; então, não poderíamos reconhecer nossos amigos. Todos seríamos iguais, falaríamos e comeríamos da mesma maneira. Não haveria pais, mães, filhos nem filhas. Este não é o significado do verdadeiro aperfeiçoamento.

O Yoga não esquece que a variedade é o tempero da vida. Necessitamos dela para desfrutar a vida. Mas, se a variedade em si vai nos perturbar ou nos dividir, não a queremos. Inclusive, neste caso, poderemos nos desfazer dela? Não, é impossível, é um paradoxo. Não podemos nos desfazer da variedade, ainda que ela nos divida e nos acarrete problemas. O que fazer?

Temos que conservar a variedade e nos elevarmos acima dela, para podermos ver a unidade. Meu mestre, Swami Sivananda, com freqüência usava esta frase: “UNIDADE NA DIVERSIDADE”.
Lembre-se sempre: necessitamos de variedade, mas só podemos desfrutá-la se nos recordarmos sempre da unidade que a sustenta.


SRI SWAMI SATCHIDANANDA
Mestre de Yoga

Texto 4 - módulo 3

DISCIPLINA

Muitas pessoas temem que ter disciplina represente falta de liberdade, vida reprimida ou sem alegria. Porém, se não temos disciplina sobre nossa própria mente, onde estará a alegria? Tendo controle sobre a mente é possível desfrutar tudo o que se queira, sem riscos.

Se você mantém o controle sobre a sua mente, esteja onde estiver, será como o paraíso. Se você não tem controle, ainda que esteja no paraíso, será como estar no inferno.

A vitória mais grandiosa que se pode conquistar é a vitória sobre sua própria mente.

A disciplina faz com que sua mente se mantenha firme e focada. Com o tempo, a disciplina pode lhe ajudar a fazer com que sua mente seja sua escrava.

Não permita que nada controle seu domínio e maestria. Esta é a meta do Yoga.

Não se esqueça de que tudo o que alcançamos na vida está baseado na disciplina.

É através da disciplina e da meditação que abrimos nossos corações para alcançar a verdadeira essência do Ser.

Mantenha a mente e o corpo limpos, uma vida disciplinada, um coração dedicado. Isto é Yoga.

Fale o menos possível, somente o que deve falar. Controla a língua é muito importante. A língua tem duas funções: saborear e falar. Limite-se a estas duas coisas.

Você desfrutará do mundo quando souber como manejar bem e quando conseguir obter um domínio sobre ele.

Um iogue é como um navegante que sabe manter seu equilíbrio, que dá as boas vindas às ondas porque sabe navegá-las sem perder o balanço.

Deve-se ter serenidade e um limite em tudo; então poderá ver como sua vida se transformará completamente.


SRI SWAMI SATCHIDANANDA
Mestre de Yoga

Texto 3 - módulo 3

CONSCIÊNCIA

Tudo é consciência infinita. Não existe quem percebe e quem seja percebido. É o grande silêncio, o estado sem nascimento e sem morte.

Tudo aquilo que chamamos inconsciente, consciente e supraconsciente, são diferentes estados de expressão desta consciência infinita. Assim como em uma pessoa existem a consciência e a inconsciência – em se tratando de um microcosmo – o macrocosmo também tem Consciência Cósmica e níveis inferiores, os quais se manifestam como animais, plantas e minerais, entre outros.

Consideremos o caso do oceano. É pura água que adota formas de ondas altas ou pequenas, espuma ou borbulhas, gelo que flutua ou vapor que se converte em nuvem. Estas são somente manifestações temporais da mesma água do mar.

Essa unidade espiritual é que há de ser compreendida. Ela é a meta de nossa vida. O ser humano pode alcançar tal nível de compreensão, que o capacitará a entender esta admirável verdade.

Só ele tem livre arbítrio para aceitá-la ou recusá-la. Assim, quando o ser humano recusa, fracassa. Esses fracassos finalmente o forçam a voltar-se para esta verdade. A compreensão de tal verdade é o estado sem nascimento nem morte. Neste estado, não existe o passado, nem o presente e nem o futuro. Não há ano novo e nem ano velho. Simplesmente o AGORA, AQUI.

Na mente humana existem distintos níveis. Um aspecto da mente sempre está consciente de sua verdadeira natureza, a qual é consciência infinita. De fato, você está dividido. O que você chama de seu verdadeiro eu é diferente de seu pequeno eu. Existe um Eu com maiúsculas e um eu com minúsculas.

A mente está dividida em diferentes níveis. Uma parte deseja algo; outra tudo discerne; a terceira parte, o eu, quer a posse: “Bem, ainda que eu não necessite, gostaria de obtê-lo”. É a mesma mente, só que está funcionando em diversos níveis. A soma total das partes da mente, na terminologia sânscrita denomina-se CHITTA. Inclui a consciência, a subconsciência e a inconsciência.


SATTWA

Em toda natureza há três qualidades que também se aplicam à mente. Os termos sânscritos para elas são: TAMAS, RAJAS e SATTWA. Tamas é a obscuridade total ou ignorância. Rajas é o outro extremo, corresponde à inquietude ou excessiva atividade. Sattwa é tranquilidade, ter ambos os lados bem equilibrados: quando você está relaxado e, ao mesmo tempo, ativo.

Essa mescla harmoniosa de atividade e relaxamento se chama tranquilidade, pureza mental.

Essas três qualidades não são totalmente diferentes umas da outras. É a mesma mente, em diferentes estados, algo assim como o gelo, a água e o vapor. O elo representa o TAMAS: está condensado, congelado, não pode se mover. A água é como RAJAS: corre para aqui e para lá. Nunca para cima, sempre para baixo. O vapor SATTWA ascende, sobe. Como o vapor, SATTWA é representado pela cor branca.

O mesmo se sucede no caso da mente. Quando você está sereno, a mente adota a qualidade SATTWICA por natureza, mas, quando se inquieta, se converte em RAJASICA.

Se você está sonolento, pesado, é porque a mente está TAMASICA. Não devemos permitir que a mente adote os estados TAMASICO e RAJASICO; convém que sempre mantenha sua qualidade SATTWICA.

Em algumas ocasiões pode ser que você tenha um bonito sonho ou uma visão muito satisfatória. Será que se trata de um truque da mente? Não a culpe sempre. Com assiduidade produz coisas belas. Em certas oportunidades é uma boa ajudante. Quando está no nível puro ou SATTWICO, se converte em sua melhor amiga. Quando está no nível RAJASICO começa a lhe trazer problemas. A mesma mente pode ser sua amiga ou inimiga. Você deve analisá-la. Pergunte-se: “Esta visão, desejo ou experiência me ajudará ou me causará dificuldades?”. Use sua inteligência. Se a experiência irá lhe trazer perturbações, problemas, então é um truque da mente. Ignore-a. Mas, se tratar-se de algo útil, aceite-a.

Mesmo quando na mente predominam, alternadamente, as qualidades SATTWICA, TAMASICA e RAJASICA, uma de suas partes é sempre SATTWICA. Essa parte diz à outra: “Sou feliz desta maneira. Por que oscilas entre a quietude e a sonolência?”. A parte SATTWICA é desprovida de vai e vem. Sempre permanece calma. Inclusive, mesmo nas ocasiões em que sua vida pareça oscilar você está sempre unido ao eu pacífico que não se altera com as oscilações.

Yoga significa estar unificado. Com o Yoga é possível se unir com o que você quiser: dinheiro, renome, fama, outras pessoas, propriedades, o quanto você almejar. Tudo é possível com o Yoga. Mas se unir com tudo que deseje fora de você não será possível até que o Yoga ou unificação ocorra primeiramente dentro de seu ser. O que deseja ver em seu exterior deve suceder-se primeiro em seu interior. Por favor, lembre-se desta regra de ouro porque, afinal, o que há no exterior?

Somente sua própria projeção. O mundo todo é o que você projeta. Não há nada na tela até o momento em que você projeta o filme através da mente, com a forma, o tamanho, a densidade ou a pureza de sua mente. Se você registra boas notícias, cenas e histórias agradáveis, tudo será belo no exterior. Se for isso que você deseja ver em seu exterior, deve então desenvolver primeiro em seu interior, para que logo seja possível projetá-lo.

Os seres humanos são animais pensantes. O homem não se caracteriza apenas por possuir um corpo, mas sim, porque é a sua mente. As escrituras sânscritas dizem: “Como é a sua mente, assim é o ser humano”. Este é o motivo pelo qual deve corrigir primeiro seu pensamento. Daí ser o Yoga interno muito necessário. Por tanto, dirija sua mente sempre até o interior.

Não é preciso preocupar-se a cada momento pelos outros. O que você almeja encontrar no exterior está em você. Se desejar ver a DEUS, veja-o em você. Ele é a imagem dentro de você mesmo. Conheça a sua imagem verdadeira.


SRI SWAMI SATCHIDANANDA
Mestre de Yoga

Texto 2 - módulo 3

Paciência

Paciência é a habilidade de resistir às dificuldades encontradas no caminho e de se conter diante de abusos praticados por outros a vós.

Várias estórias são contadas da extraordinária paciência do Bodhisatva*.

Um rei bêbado acordou e encontrou suas servas sentadas ao pé de um sábio. O rei demandou saber a doutrina que ele pregava e o sábio respondeu que pregava a paciência. O rei pediu-lhe que definisse paciência e o sábio respondeu que paciência era não se enraivecer frente a abusos e maus tratos. Determinado a testar o comprometimento do sábio a seus ensinamentos, o rei ordenou que o chicoteassem com espinhos e, em seguida, que seu executor lhe cortasse as mãos, depois seus pés, seu nariz e então suas orelhas. A cada vez ele perguntava ao sábio o que ele pregava, o sábio respondia que ele pregava a paciência e que paciência não seria encontrada em suas extremidades amputadas. Antes de morrer, o sábio desejou ao rei longevidade. Buddha foi o tal sábio em uma vida anterior. De fato, é dito que se Budha fosse flanqueado por suas pessoas, onde uma delas massageasse seu braço direito com óleos aromatizantes e outra apunhalasse seu braço esquerdo com uma faca, ele observaria ambas igualmente.

Sãndideva expõe um interessante argumento em prol da paciência e contra a raiva.

Quando alguém nos bate com um bastão, ficamos nervosos com o bastão ou com a pessoa que segura o bastão? Ambos são necessários para a dor ser infligida, mas só ficamos com raiva do agente da nossa dor, não do instrumento. Entretanto, a pessoa que move o bastão é, por si própria, movida pela raiva; ela serve como seu instrumento. Se estivéssemos direcionando nossa raiva contra a causa mor da nossa dor, deveríamos, então, direcionar nossa raiva contra a raiva.

Ele também diz que, de acordo com a lei do Karma, tudo de não-prazeroso que acontece conosco é um resultado de nossos próprios feitos passados. Por isso a pessoa que nos fere é, na verdade, somente o conduto inconsciente de nossa própria não-retidão, retornando na forma de sentimentos de dor. Por ferir-nos, a outra pessoa, por si própria, incorrerá em um karma negativo pelo qual ela terá de pagar no futuro. Se nós respondermos com raiva, estaremos plantando as sementes para nosso próprio sofrimento futuro, assim como causando mais dor à pessoa que já terá de sofrer pelo ferimento que nos causou. Raiva é, portanto, autodestrutiva; um momento de raiva pode destruir grande quantidade de virtudes acumuladas através de muitas vidas.

Sãntideva descreve um mundo coberto com pedras pontiagudas. Para andar sem cortar os pés existem duas soluções. Pode-se cobrir todas a superfície do mundo com couro ou pode-se cobrir as solas dos próprios pés com couro. O mundo está cheio de inimigos, aqueles que nos criticam em vários níveis. Para evitar o dano causado, a nós mesmos e aos outros, respondendo com raiva, existem duas soluções: pode-se destruir todos os inimigos ou pode-se praticar a paciência.

(*) Bodhisatva (sânscrito): Aquele que tem a intenção de atingir a iluminação. Aquele que, com compaixão, fez seu voto para se tornar um buddha, mas ainda não se tornou.


Extraído do livro “A História o Budismo”.

Texto 1 - módulo 3

YOGA SUTRA DE PATHANJALI

CAPÍTULO 1, SUTRA 2

YOGAS CITTA VRTTI NIRODHAH

YOGAS = Yoga; CITTA = da substância mental; VRTTI = alterações; NIRODHAH = contenção

1. Satchidananda:

A contenção das alterações da substância mental é Yoga.

O aquietamento das ondas mentais é Yoga.

Yoga é a mente livre de distúrbios.

2. Sivananda:

O Yoga é a supressão dos turbilhões mentais.

3. Vishnudevananda:

O Yoga consiste em suprimir a atividade da mente.

4. Vivekananda:

Yoga é impedir que o estofo mental tome formas variadas.

5. Lin Yutang:

Yoga é impedir que a substância mental tome formas variadas.

6. Satya Prakash:

Yoga é a inibição das funções da mente.

7. M. E. Benitez:

O Yoga é a detenção das funções mentais.

8. Padmananda:

O Yoga é o controle das ideias no espírito.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Torta integral de banana



Ingredientes

2 xícaras chá de aveia em flocos finos

- 2 xícaras chá de farinha integral

- 1 xícara chá de açúcar mascavo

- ¾ xícara chá de óleo de milho

- 800 gramas de banana nanica madura

- 80 gramas de ameixa preta

- Canela em pó

Para cobrir-

2 ovos

- ½ xícara chá de leite

- 2 colheres sopa de açúcar mascavo


Preparo

Misture os ingredientes secos e acrescente óleo aos poucos, fazendo uma farofa com as mãos (se achar muito seco, pode colocar um pouquinho a mais de oleo). Numa forma refratária, coloque metade da massa, apertando levemente com as mãos. Cubra com fatias finas de banana, polvilhando canela e ameixa picada. Vc pode polvilhar granola, aveia, regar com mel... Depois, coloque o restante da massa e mais uma camada de banana (mesma coisa.. se quiser coloque ameixa, passas, aveia, linhaça, etc). Despeje por cima uma mistura do leite, ovos , e então asse em forno médio por 20 minutos e depois baixe o fogo até dourar. Essa receita é metade da que levei pro curso.

Paz
Isabella

Saiba mais sobre o seu ego

EGO - AHAMKARA

Sat é uma palavra em sânscrito que significa ‘estado de ser o que se é’. Com tantas definições acadêmicas e didáticas sobre a mente, o espírito e as emoções, perdemos o sentido integral do ser e nos tornamos divididos em fragmentos, e acreditamos que cada pedaço tem uma função especifica e independente. No Yoga a palavra sânscrita Ahamkara refere-se ao ego, a consciência de uma personalidade. Ser egoísta é estar vivo, por isso não devemos tentar anular o ego, pois é impossível! Devemos nos conhecer profundamente e despertar Sat. Em minhas pesquisas descobri um praticante Zen que definiu o ego de uma maneira muito clara. Segue abaixo o texto escrito por Yamahata.

EGO

“...é um estado – viciado, habitual, excitado, auto indulgente, envolvido, emaranhado, insaciável, fixo, cruel, sonhador, expectante, orgulhoso, arrogante e ciumento – de nós mesmos. A ilusão de um eu separado é o ego! O ego é um estado que habitualmente se constrói; é a ilusão fixa da individualidade separada; é uma massa de hábitos e apegos centrados em si mesmo (desejos). O ego é um estado iludido de separação de si mesmo. Já alguma vez estiveram simplesmente aqui-agora, sem hábitos, vícios, auto-indugencias, envolvimentos, estímulos, excitações, distorções emocionais, apegos, adesões, desejos, objetivos, esforço do ego, autoproteção, sem nada... apenas a Paz!
Dependendo da pessoa o ego adota muitas e diferentes formas, estruturas, estados, qualidades e funções. A erudição, a política, a filosofia e a religião são construção do ego ou expansão do ego. É por isso que precisamos ser examinados e corrigidos por outros, de maneira recíproca. O ego não é mais do que o funcionamento da mente. O ego não é uma entidade, mas estados condicionados, tendências, atitudes e reações. Não há Iluminação fixa, nem ego fixo, nem tão pouco uma pessoa Iluminada fixa. Só através de uma compreensão profunda da estrutura e funcionamento do nosso ego é que podemos, simultaneamente, transcender e emancipar, tanto do ego como do Buddha."

VASANA

Os estados psicomentais, Chittavritti, são manifestações da mente subconsciente denominada Vasana. Estes estados psicomentais são tidos como obstáculo ao desenvolvimento do Samadhi.
Segundo Patañjali, Vasana tem o sentido de “sensações subconscientes especificas”. Ele também definiu cinco matrizes produtoras de Chittavritti: Avidya (ignorância), Asmita (sentimento de individualidade), Raga (paixão), Dvesha (aversão) e Abhinivesha (apego à vida).
Os Vasana formam os condicionamentos e tendências do caráter individual que foram criados tanto da própria hereditariedade como da sua situação karmica. Essas forças subconscientes determinam a vida da maior parte dos seres humanos e são difíceis de controlar.
Segundo Vyasa, os Vasana tem origem na memória e é de caráter subliminar. Todo o conjunto de técnicas que o Yoga propõe tem como objetivo cessar o fluxo psicomental, e assim controlar o subconsciente.

SAMSKARA

A palavra Samskara significa impressão, molde, marca. Na filosofia do Yoga os Samskara são como marcas impressas que acompanham o corpo sutil nas várias experiências do passado do individuo. Os Vasana tendem a causar Samskara. Samskara são as marcas do Karma que resultam no comportamento do individuo. São memórias dificies de apagar, impressas no subconciente que incita a mente consciente a agir.
Os Samskara causam vibrações ou flutuações (Vritti) constantes em nossas mentes, nos fazendo agir de maneira a repetir ações boas ou ruins do passado. A sensação de déjàvus é uma lembrança consciente dos Samskara.

Elisabeth Yamada

Curiosidade sobre o japamala


O número 108 é considerado um número sagrado: matematicamente, 11 x 22 x 33 = 108; o alfabeto sânscrito possui 54 letras ou fonemas masculinos e 54 femininos, resultando em 108 fonemas; nos textos védicos, 108 é o número em que se divide o tempo entre passado, presente e futuro; 108 são o número de Gopis de Krishna; 108 são os Upanishads; e assim por diante.
Recitar os mantras por 108 vezes amplia os efeitos positivos desejados e apressa o processo de obtenção dos benefícios solicitados. Eu recomendo!
PAZ
Isabella

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Programa

Curso de Formação de Instrutores de Yoga

Parte A: Teoria
Os Yoga Sutras de Pathanjali.
O Bhaghavad Gita.
Noções sobre Mitologia Hindu e sua aplicação no Yoga.
Hatha Yoga, Karma Yoga, Bhakti Yoga, Raja Yoga, Jnana Yoga, Mantra Yoga, Yoga Integral.
O Prana, os Canais Energéticos e os Chakras.

Parte B: Prática
Estudo dos Yamas e Niyamas: a Ética do Yoga.
Exercícios para os olhos.
Saudação ao Sol.
Posições de meditação.
Ásanas: posturas físicas do Yoga.
Pranayama: exercícios respiratórios.
Gestos( Mudras).
Os seis exercícios de purificação (Shat Kriyas).
Controle sobre os sentidos.
Concentração.
Meditação.
Mantras: vocalização e teoria.

Parte C: Sânscrito e Didática
Treinamento regular dos vocábulos em sânscrito.
Didática professor-aluno.
Treinamento regular da didática em uma prática de Yoga (Sadhana).

Datas do Curso de Formação de Instrutores de Yoga

Ano de 2009

Maio: 23 e 24
Junho: 20 e 21
Julho: 11 e 12
Agosto: 22 e 23
Setembro: 26 e 27
Outubro: 24 e 25
Novembro: 21 e 22
Dezembro: 12 e 13

Ano de 2010

Fevereiro: 27 e 28
Março: 27 e 28
Abril: 24 e 25
Maio: 29 e 30

Aos sábados horário de 8:30 às 12:30hs. e de 14:00 às 18:00hs. Domingos de 8:30 às 12:30hs.

LEMBRETE:

Ainda dá para entrar no próximo módulo. Ajudem a turma a ficar inda mais rica. Convidem amigos e pessoas interessadas no curso de formação e vivência em yoga integral.

Informações:

YOGA

Curso de Formação e Vivência

Vitória – ES (4ª turma)

Início: até julho de 2009


O Núcleo Ananda está com matrículas abertas para o curso de Formação de Instrutores de Yoga. As aulas são direcionadas para pessoas que almejam lecionar ou que têm o objetivo de vivenciar o YOGA no dia-a-dia e de aprofundar o conhecimento.

O curso é ministrado pelo diretor da escola, com a colaboração da professora Beatriz Stehling. O professor Alexandre Moretto leciona desde 1983 e já fez estudos na Índia e nos Estados Unidos, sendo formado no Curso de Especialização para Formação de Instrutores de Yoga da PUC Minas. A professora Beatriz Stehling é instrutora de Yoga Integral, Yoga Terapia Hormonal e Yoga para a Terceira Idade.


As aulas são realizadas em um fim-de-semana de cada mês, aos sábados durante a manhã (8h às 12h) e à tarde (14h às 18h), e aos domingos somente na parte da manhã (8h às 12h). Os participantes aprendem toda a parte filosófica do Yoga, passando pelos Yoga Sutras de Pathanjali e o Bhaghavad Gita, e conhecem as posições de meditação, ásanas (posturas físicas), pranayamas (exercícios respiratórios) e mantras (vocalização). E também é dado o treinamento que envolve a parte didática, com aulas sobre a condução de uma prática de Yoga.

O curso tem o valor de 14 parcelas de R$235,00. No momento da inscrição o participante deve deixar 7 cheques pré-datados. O pagamento também pode ser feito à vista, com (20%) de desconto, de 2 vezes (15%), 3 vezes (10%) e 4 vezes (7%).

Informações e inscrições podem ser feitas com Alexandre (Govinda) ou Beatriz pelo telefone: (31) 3285-3555 ou pelo e-mail: morettojunior@terra.com.br.


NÚCLEO ANANDA

Rua Dr. Virgílio Uchôa, 185, Belvedere (BH)

Telefone: (31) 3285-3555

terça-feira, 7 de julho de 2009

Receita:


Quiche light de berinjela com massa de açafrão e pimenta do reino

Massa
3 xícaras de farinha de trigo
1 colher de sopa de fermento em pó
2 colheres de sopa de margarina light
1 xícara de água
Açafrão e pimenta do reino* a gosto

*utilize sempre a pimenta ralada grossa e não a refinada

Misture a farinha, o fermento, o açafrão e a pimenta. Depois junte a margarina e a água. Transfira para uma superfície polvilhada com trigo e sove até que a massa fique lisa. Abra numa forma de 22 cm untada e asse em forno preaquecido em 200 graus.

Recheio
1 pimentão pequeno (vermelho, amarelo ou verde)
3 berinjelas
1 cebola
1 tomate
1 colher de folhas de hortelã
2 colheres de uvas-passas
1 pitada de pimenta do reino
2 colheres de azeite extra-virgem
sal a gosto
1 pote de requeijão light (pode ser de soja)
200 gramas de mussarela light ralada

Leve ao forno as berinjelas, o tomate, o pimentão e a cebola picados misturados a: uvas, azeite, pimenta e sal. Deixe assar até que a berinjela esteja cozida mas não desmanchando. Retire do forno e acrescente as folhas de hortelã. Deixe esfriar e recheie a quiche cobrindo com o requeijão e salpicando a mussarela. Coloque a torta para assar e retire quando a massa estiver dourada e o queijo gratinado.

Dica de música: The Essence - Deva Premal



The Essence - Deva Premal

The Essence é o cd de estréia da vocalista Alemã Deva Premal. Com sua voz suave e transcendental é acompanhada pelos sons de percussão e teclados. Esse CD, evoca a essência da alma, da purificação, e o poder de cura dos antigos mantras. O Gayatri mantra, peça central do cd, é o mais poderoso mantra devotado á Deusa Gayatri (Mãe dos Vedas), e foi criado para receber as vibrações solares que nos traz vigor e entusiasmo. The Essence, é um álbum de perfeita expressão da harmonia e da unidade.

Para ouvir você pode fazer o download clicando aqui: The Essense. A senha é a palavra MANTRA

Dica de filme: Viagem a Darjeeling



Viagem a Darjeeling

Nos últimos dias assisti Viagem a Darjeeling. O filme conta a história de três irmãos que não se falam há um ano e fazem juntos uma viagem de trem pelo interior da Índia. O objetivo é reencontrarem a mãe, que os abandonou para virar monja. Mas, no transcorrer da história, eles vão encontrando a si mesmos.

O filme tem seu próprio rítmo, tem ótimos diálogos e momentos de reflexão, mas que preservam a leveza da comédia. Além das paisagens belíssimas é bem possível se apaixonar também pela trilha sonora.

Três cenas me marcaram muito: o encontro sem diálogo de um dos irmãos com a mulher que ama; o caminhar dos irmãos, em um cenário rico de cores e poesia, até o velório de um menino indiano; o momento no qual eles sobem no trem e assistem suas malas e máguas do passado ficando para trás.

Para quem se interessou o trailer está no youtube. Boa viagem.

Namastê.